A Fundação Britânica para o Coração atualmente recomenda aos indivíduos trocar óleos ricos em gordura saturada, como manteiga e óleos de origem animal e de palma por outros ricos em gordura não saturada, como azeite de oliva.
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Um
estudo de pesquisadores espanhóis afirmou que fritar alimentos com azeite de
oliva ou óleo de girassol não faz mal para o coração.
O
estudo da Universidade Autônoma de Madri não achou correlação entre frituras
com estes dois tipos de óleo ricos em gordura não saturada e problemas
cardíacos ou mortes prematuras.
Em
um artigo na revista científica online BMJ.com, os pesquisadores alertaram,
entretanto, que as conclusões não se aplicam a outros óleos de cozinha, como os
óleos de origem animal.
Quase
41 mil adultos, residentes em cinco diferentes regiões da Espanha e hábitos
alimentares variados, foram acompanhados ao longo de 11 anos. Eles deram
detalhes sobre sua dieta em uma semana típica, incluindo a forma como
preparavam e cozinhavam os alimentos.
No
início da pesquisa, nenhum deles tinha sinais de doença cardíaca. Ao fim do
período, tinham ocorrido 606 incidentes relacionados a problemas cardíacos e
1.134 mortes.
Quando
os pesquisadores analisaram os detalhes dos incidentes, não encontraram
qualquer ligação destes com o consumo de alimentos fritos, e isso, segundo os
especialistas, se deve ao tipo de óleo usado na fritura, no caso azeite e óleo
de girassol.
Dieta mediterrânea
Não
é de hoje que a dieta dos países do Mediterrâneo, entre os quais está a
Espanha, é apontada como saudável por causa da abundância de peixe fresco e
frutas e legumes plenos de fibras e de baixas calorias.
Inúmeros
estudos já apontaram que uma dieta saudável pode reduzir o risco de doenças
cardíacas e mesmo câncer.
Em
um editorial que acompanha o estudo, o especialista Michael Leitzmann, da
Universidade de Regensburg, na Alemanha, escreveu que "como conjunto, o
mito de que comida frita geralmente é ruim para o coração não é confirmado pela
evidência disponível".
"Mas
isso não quer dizer que refeições frequentes compostas de frituras não terão
consequências para a saúde. O estudo sugere que aspectos específicos das
frituras fazem diferença, como o tipo de óleo usado e outros aspectos da
dieta", avaliou.
A
Fundação Britânica para o Coração atualmente recomenda aos indivíduos trocar
óleos ricos em gordura saturada, como manteiga e óleos de origem animal e de palma
por outros ricos em gordura não saturada, como azeite de oliva e óleo de
girassol.
A
especialista em dieta da entidade, Victoria Taylor, lembra que
"independentemente do método de cozinha utilizado, o consumo de alimentos
de alto valor calórico implica um alto consumo calórico, que pode levar a ganho
de peso e obesidade, fatores para doenças cardíacas".
"Uma
dieta equilibrada, com abundância de frutas e legumes e apenas uma pequena
quantidade de alimentos ricos em gordura é melhor para a saúde do coração",
afirmou.